sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

por quem?

Tudo começa com aquela afirmativa tão carregada de insatisfação: eu nunca vou entender o porquê.
Porque? Eu nunca vou entender.
Porque necessitou de tanta ambição?
O que eu fiz de errado? - ou de tão certo a ponto de te entediar.
Porque?
Eram meus cabelos? Que se tornaram castanhos, naturais e cada vez mais curtos, desinteressantes e sem tantas ondas. Nada de loiro, nada de ruivo, nada de olhos azuis ou idiomas estrangeiros... somente eu, com minhas dores, minhas bolsas de choro, meus dvds idiotas e minha preguiça que influencia na minha ignorância.
Confesse. Foi tudo porque eu não tive saco para ler Dostoievski e Tolstói?  ...ou será que foi a incompatibilidade dos signos? Ou o meu ciúmes, talvez. Minhas tatuagens não desejadas por uma família conservadora? Ou porque eu não tinha um carro azul escuro e velho do meu pai que pudesse te deixar no banco do passageiro com sentimento de prostituta de luxo? Ou, não fui eu?
Você diz que não existiu um porque, somente uma vontade, um impulso, uma espontaneidade e um desejo de liberdade corriqueiro. Tão simples nas suas palavras... mas tão destruidor na realidade. Deve haver um porque, tem que haver um motivo. Será mesmo possível que as coisas da vida se desmoronam sem motivos nobres? - devo confessar, eu temo o poder da atraente superficialidade.
Se não há um porque, um motivo, um texto esclarecedor, então não há caminho de volta! Não há o que se desfazer, não existe rota para se caminhar ao contrário afim de se chegar exatamente onde você se foi e impedir a ida. Não existe nada de bonito, não existe nada valioso, NÃO TEM NOBREZA se não houver um porque sólido. Somente impulsos sexuais destruindo uma teia maravilhosa de grandes, enormes, pesados, brilhantes e densos sentimentos que existiam(em?) em mim. Aquela tão citada moleca assustada com a capa de uma forte-decididade-quase-mulher.
... Devo insistir no porque? Assim parece menos doloroso e meu choro corre sem tanta vergonha.
Parece insuperável. Inacreditável. Simplesmente inaceitável. Não há conformidade, nunca vou entender o porque e se não houver um porque, juro que insisto em quebrar a minha cabeça para entender o motivo de não haver uma causa.

Deve ter sido eu. Deve ter sido...
Que seja! Porque já foi.
Então que eu vá,
sem por quem
nem por que.

sábado, 18 de julho de 2015

True Sorry

True Sorry - música esta que marca a minha atual transição. É acompanhada do bônus do rosto e tônus de um maravilhoso boneco Ken estrangeiro. Exatamente tudo o que eu não sabia que sonhava mas descobri que era tudo que poderia me realizar naquele - neste? - momento. Engraçado como as vezes realmente parece tudo planejado! Que sorte maluca encontrar este up para minha alma,  1 semana antes da ida já acontecida desde sempre do... dele.
Engraçado mesmo! Serviu para eu me anestesiar, relembrar como brilho, libertar quem quer ser livre - externos e internas de mim -, me fez sonhar, vibrar, navegar como podia, mas... me fortaleceu e foi embora. Até porque não cabe mesmo ele aqui, o espaço é pequeno demais. A vaga que ocupou era apenas de aluguel e a casa já está sendo retomada pelo proprietário.

Ok. Obrigada. Foi bom. E de novo, nós aqui, hein?! Risos no meio do choro, sempre. =D
Sempre nós. Sempre nós.

Desculpas verdadeiras imploro. Há confusão, silêncio, pequenas alfinetadas por acontecimentos do dia a dia, mas não tem mais nada pra fazer. Só deixar o rio seguir. Sinto que a mudança está se aproximando, sinto que ela vem nos alterar e não há mais o que fazer. Chegou a hora dela.

Desejo festejar a vinda do novo pedaço futuro de mim.

Nota de rodapé:
desculpas verdadeiras.
gratidão eterna.
felicitações a você que me lê.

segunda-feira, 23 de março de 2015


[...] - mas eu me canso.
- descanse, amor. chega. saiu do ninho de cobras, voou para o piloto de avião. deixe-o voar.
- dói.
- eu sei. quem mais há de saber, na verdade?!
- achei que o reservatório de lágrimas secasse. ainda sou menina, olho para o céu e ainda me pego observando as formas das nuvens. parar de voar dói.
- meu bem, meu mal. m-eu, se acolha! é você e você mesma.
- é que lembro de quando era criança, queimei aquela panelinha de brinquedo por acidente, mas me imaginei menina-mulher, queimando o arroz e rindo, abraçada, com cães. cansa cair daqui de cima, do alto da imaginação infantil.
- você cai daí de cima, e a gente expande junto! você sabe disso. Já passamos por isso!
- dói!
- tentaremos trilhar novos caminhos, andar mais em estradas, ser mais sociável. não sei! inventaremos! para tudo se dá um jeito!
*sorriem*
- é engraçado quando estou chorando e começo a rir. acho que é você quem faz isso comigo, me lembra de achar graça da nossa situação.
[...]

domingo, 22 de março de 2015

[...]
Coração-bôbo
Coração-bola
Coração-balão
Coração-São-João!
A gente
Se ilude, dizendo:
"Já não há mais coração!
[...]

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015